Conferência Internacional da Agroindústria Sustentável

Líder global em produção agrícola, Mato Grosso sedia nos próximos dias 15 e 16 a Conferência Internacional de Agricultura Sustentável, fórum que reunirá especialistas do Brasil e do exterior para discutir inovação, transição energética e meio ambiente.

Giuseppe Lobo, diretor executivo do Bioind, participa no dia 16, de painel que discutirá o panorama do etanol no Brasil, linhas de financiamento para a área e o uso desse biocombustível também em máquinas agrícolas.

A indústria de bioenergia em Mato Grosso gera hoje cerca de 100 mil empregos diretos e indiretos e fez do estado o segundo maior produtor de etanol do Brasil. No painel, Giuseppe vai estar ao lado de representantes da @Unem, do @BNDES e de empresas do setor. O evento será no no Centro de Eventos Fatec Senai, em Cuiabá.

Minuto da Integridade | Comportamento Antiético

Comportamento Antiético: Como Identificar e Evitar na Sua Empresa

25 de julho de 2024

 

 

Problemas ligados à ética profissional desengajam os colaboradores, prejudicam o clima organizacional e trazem prejuízos econômicos e reputacionais para a empresa e por isso devem ser identificados, tratados com rapidez, e procedimentos para evitar tais comportamentos devem ser implementados.

O que é um comportamento antiético e quais suas consequências em uma empresa?

Considerando que a ética está ligada à ação das pessoas e é aquilo que define quais ações podem ser consideradas corretas ou incorretas, definindo o que é o certo e o errado, o comportamento antiético é aquele que atenta contra os valores instituídos e consolidados como corretos em uma sociedade. É aquela conduta que quebra e desrespeita as regras de convivência social e não leva em consideração as outras pessoas do grupo.

No ambiente de trabalho, é a ética que norteia o comportamento dos colaboradores, adequando as ações do profissional aos valores e princípios da empresa e os comportamentos que fogem a isso colocam em risco a harmonia entre os colaboradores e a funcionalidade do negócio.

Exemplos de condutas antiéticas podemos citar:

  • Fazer fofoca sobre um colega;
  • Fazer comentários inapropriados em relação à religião, gênero, cor, orientação sexual de algum colega de trabalho e ser desrespeitoso;
  • Cometer qualquer tipo de fraude e adulterar documentos;
  • Desviar recursos da empresa etc;

As condutas antiéticas perpetradas em uma organização podem trazer consequências graves para o negócio e para os colaboradores.

 Consequências de comportamentos antiéticos

  • Cria um ambiente de trabalho desagradável, no qual não há confiança entre os colaboradores;
  • Por conta da falta de engajamento a produtividade dos colaboradores tende a diminuir;
  • Risco de judicialização, consequências legais, prejuízo financeiro e reputacional.

 Como identificar um comportamento antiético?

Condutas antiéticas que levam a desvios de recursos da empresa, como fraudes, subornos, furtos podem ser identificadas por auditorias internas.

Já aquelas relacionadas a comportamentos do dia a dia demandam uma atenção especial e constante dos gestores, atentando-se a possíveis assédios morais, sexuais, fofocas, discriminações.

Em ambos os casos é possível identificar tais condutas através de denúncias anônimas e por isso a importância de um Canal de Denúncias sigiloso e que assegure o anonimato do denunciante.

Dessa forma, o denunciante irá se sentir seguro para denunciar qualquer comportamento antiético que tenha conhecimento ou tenha presenciado, sem medo de qualquer tipo de retaliação.

Identificado o comportamento antiético é importante que a empresa tome as providências cabíveis com as sanções devidas aos responsáveis. Assim todos perceberão que não há tolerância em relação a essas condutas e a empresa reafirmará o compromisso com seus valores e princípios.

Como transmitir e fomentar a ética empresarial na sua organização?

Com um Programa de Compliance estruturado e com uma gestão eficiente, é possível identificar, prevenir e remediar condutas ilegais, não conformes ou antiéticas, de forma a permitir ações coordenadas e persistentes nesse sentido e para análise de riscos, controles internos, procedimentos, treinamentos e outras ferramentas capazes de propagar a ética empresarial.

Práticas para criar e manter uma cultura de compliance

  • Envolva os colaboradores no programa de compliance desde o início de sua implantação. Transmita a ética, a integridade e os valores corporativos, fornecendo uma base sólida para todos;
  • Elabore um Código de Ética e Conduta estabelecendo, com clareza, as regras que devem ser seguidas pelos colaboradores de todos os setores e níveis hierárquicos, os padrões de comportamento e evidenciando e reforçando os valores e princípios da organização, comunicando o seu conteúdo em treinamentos, campanhas de conscientização, reuniões etc.;
  • Faça com que a área de compliance seja acessível, criando oportunidades para falar com as equipes de forma clara e em uma linguagem de fácil compreensão e, com isso, torne mais fácil que funcionários cheguem até ela quando tiverem dúvidas em relação a condutas ou até para reportar riscos e inconformidades;
  • Toda a comunicação sobre políticas e normas de conformidade deve ser clara e frequente para que todos entendam e para que as regras não caiam no esquecimento;
  • Forneça treinamentos regulares sobre compliance para todos os funcionários, incluindo gestores e líderes;
  • Identifique os riscos específicos de cada área e forneça orientações claras sobre como lidar com eles. Isso pode envolver a criação de procedimentos específicos para lidar com riscos e minimizá-los;
  • Tenha um canal de denúncias que permita que os funcionários denunciem práticas não éticas ou não conformes de forma confidencial e sem retaliação;
  • É importante que todos os colaboradores vejam o comprometimento da liderança e da alta gestão com os valores da empresa. Por isso eles devem agir como modelo de comportamento ético e de conformidade e garantir que os valores da empresa sejam integrados em todas as áreas do negócio. Todos os colaboradores devem ver a alta gestão como exemplos de comportamento ético e legal.

Fonte: Be Compliance

Compromisso com o meio ambiente e integridade

 

“Compromisso com o meio ambiente e integridade são as principais bases da indústria de bioenergia. Por isso nosso programa de compliance, que traz as diretrizes de conduta para os nossos associados, é tão importante. São práticas de governança que dialogam com nossos parceiros, seguem as tendências mundiais e atendem as necessidade por transparência e ética da sociedade. Estamos falando sobre confiança. Confiança que gera investimentos, que gera renda, que gera emprego, que produz uma industria cada dia mais sustentável e competitiva.”

Silvio Rangel, Presidente do Bioind. 

Código de Conduta do Bioind

 

Produção de Etanol de Milho Revoluciona o Agro e Promove o Desenvolvimento Econômico em Mato Grosso

Mato Grosso é pioneiro e exemplo de produção de biocombustíveis para o Brasil. A primeira usina de etanol 100% a partir do milho foi inaugurada em Lucas do Rio Verde, em 2017, e sua produção tem revolucionado a indústria de bioenergia no país. Hoje, são 13 usinas instaladas no Estado, que entregam 67% de toda produção de de etanol de milho do país.

“A introdução do etanol de milho ampliou a garantia do combustível e deu mais previsibilidade para o mercado, amortecendo, por exemplo, os impactos da entressafra da cana. Além disso, contribui decisivamente para a descarbonização da nossa matriz energética”, apontou Giuseppe Lobo, diretor- executivo do Bioind, em entrevista ao jornal Repórter MT.

Antes desse avanço em Mato Grosso, a produção da matéria-prima era praticamente toda voltada para a exportação. Com introdução do etanol de milho, foi instalada uma nova indústria no Estado, que agrega valor à matéria-prima de forma sustentável, fomentando a economia. Atualmente, a industria de etanol é um dos setores que mais emprega em Mato Grosso, gerando cerca de 100 mil empregos diretos, indiretos e induzidos. “O que podemos dizer é que hoje a transição energética no Brasil passa por Mato Grosso, aqui estamos desenvolvendo soluções que podem servir a outras regiões do Brasil e até a outros países”, ressaltou.

Confira mais detalhes na matéria: : https://www.reportermt.com/geral/producao-de-etanol-de-milho-revoluciona-o-agro-e-promove-desenvolvimento-economico-em-mato-grosso/207810

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Dia Mundial do Meio Ambiente

Quando o assunto é Meio Ambiente, abastecer com etanol faz diferença para a nossa qualidade de vida!

Fazer a opção por combustíveis renováveis é uma atitude que preserva o meio ambiente. O etanol é fundamental para a descarbonização, auxiliando a diminuir a poluição emitida pelos veículos. Além disso, a sinergia entre as cadeias já existentes no Estado e a utilização de resíduos para outros fins possibilitam e impulsionam a criação de uma economia circular em Mato Grosso, ampliando a sustentabilidade para além do meio ambiente e levando mais benefícios para a comunidade.

O Mato Grosso é exemplo e parte fundamental da transição energética em andamento no mundo.

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FS confirma viabilidade técnica de projeto de captura de carbono em MT

A FS Fueling Sustainability, associada Bioind, anunciou a comprovação da eficiência geológica do Projeto BECCS (Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono) em Lucas do Rio Verde (MT). Este é um projeto inédito no país de captura e estoque de carbono no solo, considerada uma das soluções para a mitigação do aquecimento global.

Esta iniciativa pioneira do setor é mais uma conquista da indústria de etanol do Mato Grosso. O projeto prevê injetar 423 mil toneladas de gás carbônico ao ano – ou seja, toda a emissão atual de carbono da empresa –, de forma líquida por 30 anos. No total, serão 12 milhões de toneladas de carbono estocadas no subsolo.

Além da FS, outras usinas em Mato Grosso iniciaram estudos para desenvolver essa solução.

Este é um marco histórico para a sustentabilidade no Brasil. E o melhor de tudo: Mato Grosso se tornando referência em inovação.

Confira mais detalhes sobre o projeto.

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Suporte do Conselho Deliberativo ao Programa de Integridade

Nesta semana, reunimos nosso Conselho Deliberativo para um treinamento sobre o programa de integridade do Bioind. Durante o encontro, que aconteceu de forma remota, reforçamos a importância do comprometimento da alta gestão com o programa e com as condutas explícitas em nosso Código de Ética. O documento – pensado, estruturado e reiteradamente revisado em torno das normas que refletem a nossa cultura, nossa missão e nossos valores – tem como objetivo direcionar práticas de integridade, sustentabilidade, honestidade, transparência e política de boas condutas.

“Foi um momento muito importante para ficarmos alinhados quanto ao nosso programa de Compliance, firmando o compromisso com os associados para cumprir nossas responsabilidades, manter e melhorar nossa cultura e reputação”, relatou Giuseppe Lobo, diretor-executivo do Bioind.

Agradecemos a disponibilidade e o comprometimento do nosso Conselho Deliberativo em tornar o Bioind mais ético e transparente.

Conheça melhor sobre a nossa cultura.

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Entrevista do Bioind ao programa Estúdio Rural

Giuseppe Lobo, nosso diretor-executivo, participou do programa Estúdio Rural, do Canal Rural. Na conversa, abordou o crescimento da produção de etanol em Mato Grosso e os bons resultados da safra 2023/24.

“Eu acho que o grande fator que determinou esse crescimento foi o ímpeto empresarial, ímpeto da indústria de etanol de investir, de acreditar em Mato Grosso, de fazer pesquisa, inovação, investir em produtividade. E, claro que tem o crescimento do número de plantas, mas sobretudo é ganho de produtividade que tivemos ao longo desse período”, ressaltou Lobo. Além de explicar sobre a contribuição dessa indústria para a transição energética, também falou sobre importância de políticas de incentivo para o crescimento do setor que pode inaugurar quatro novas usinas no curto prazo. Hoje, cada emprego direto nessa indústria gera outras 13 novas ocupações em Mato Grosso.

Também foi um espaço para o executivo contar um pouco sobre a sua trajetória e falar sobre as expectativas para a safra deste ano.

Confira a entrevista completa: https://matogrosso.canalrural.com.br/entretenimento/estudio-rural/o-estado-precisa-passar-a-ser-o-posto-de-combustivel-do-brasil-diz-diretor-da-bioind-mt/.

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Mato Grosso é segundo maior produtor nacional de etanol

 Estado consolida vice-liderança no ranking nacional com produção recorde de 5,72 bilhões de litros na safra 2023/24, alta de 32% sobre o período anterior.

 Para 2024/25, Mato Grosso deve produzir 6,30 bilhões de litros do biocombustível.

Cuiabá, 25 de abril de 2024 – O Bioind MT (Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso) e o IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgam o balanço da safra 2023/24 de cana-de-açúcar e milho no Estado mato-grossense, um dos maiores produtores de etanol e derivados bioenergéticos.

Nesta safra, a produção total de etanol (cana e milho) em Mato Grosso bateu recorde, atingido 5,72 bilhões de litros, um aumento de 32% em relação ao período anterior (4,34 bilhões de litros). Este é o maior percentual de crescimento anual da produção de etanol já registrado no Estado.

Com este resultado, Mato Grosso alcança, pela primeira vez, a vice-liderança na produção nacional de etanol, atrás apenas de São Paulo. Quando se trata apenas de etanol de milho, o estado já é o maior produtor do Brasil. O crescimento da produção total de etanol foi resultado do aumento da capacidade produtiva das usinas (ampliação e nova planta), além da melhor performance das indústrias no Estado. O índice de rendimento industrial para milho e cana foi recorde nesta safra.

Do total de etanol produzido na safra 2023/24, 4,54 bilhões de litros vieram do milho; e 1,18 bilhão de litros da moagem de cana. Deste volume, 3,73 bilhões de litros foram de etanol hidratado (biocombustível que vai direto para as bombas), e 1,99 bilhão de litros de anidro (produto que é adicionado à gasolina).

“Com esse resultado, Mato Grosso se consolida como um dos grandes polos da bioenergia no Brasil, a indústria do futuro sustentável e da transição energética, e um dos motores do desenvolvimento econômico nacional nas próximas décadas”, afirma o presidente do Bioind MT, Silvio Rangel.

Para a próxima safra (2024/25), a expectativa do IMEA é que a produção total de etanol alcance 6,30 bilhões de litros, um acréscimo de 10,03% em relação ao realizado nesta safra. Deste volume, 5,207 bilhões de litros devem vir do milho e 1,088 bilhão, da cana.

“Estamos falando de uma indústria que hoje traz, pelo menos, quatro importantes benefícios para o país. Produz biocombustíveis e óleo de milho; fornece fertilizantes e proteína vegetal para alimentação animal e levedura; emite créditos de carbono; e gera energia elétrica a partir de resíduos. É um setor onde tudo é reaproveitado e produz renda, gera empregos e aumenta a arrecadação de impostos”, completa Rangel. Hoje, Mato Grosso tem 18 indústrias de etanol e outras quatro podem iniciar operação nos próximos anos.

O Estado também concorre para ter a primeira indústria de etanol carbono negativo do mundo, por meio da tecnologia de BECCS (bioenergia com captura e armazenamento de carbono) que está sendo desenvolvida em indústrias instaladas no Estado.

Milho: produção de etanol de milho cresceu 38%

Na safra 2023/24, o Mato Grosso produziu 43,8 milhões de toneladas de milho, responsável por 38% da safra nacional. Neste período, a moagem de milho também foi recorde, 10,11 milhões de toneladas, um crescimento de 37,86%, o maior percentual de crescimento anual já registrado no Estado. O mesmo para a produção de etanol, cujo crescimento foi de 38,40% em relação ao período anterior. “As usinas de etanol de milho mudaram a relação da oferta e demanda estadual do cereal, desempenhando um papel importante na sustentação do consumo desse produto e dando suporte para o crescimento da produção mato-grossense de milho”, explica a gestora de desenvolvimento regional do IMEA, Vanessa Gasch.

O índice de rendimento industrial na produção de etanol foi de 449,27 litros/tonelada de milho. Hoje, o MT responde por 72,03% da produção nacional de etanol de milho, que foi de 4,54 bilhões de litros.

Outro destaque nesta safra foi o DDG (Grãos Secos de Destilaria), um coproduto do etanol de milho utilizado na alimentação animal. A produção de DDG foi de 2,12 milhões de toneladas, contra 1,6 milhão de toneladas no período anterior.

Os principais mercados do DDG mato-grossense foram o de Minas Gerais (31,4%), seguido por São Paulo (14,7%), Paraná (12,6%), Goiás (11,6%) e Mato Grosso do Sul (10%), além do próprio consumo interno (35,5% da produção).

Cana-de-açúcar: aumento de 10,6% na moagem

A moagem da cana teve aumento de 10,6%, totalizando 17,65 milhões de toneladas, o mesmo volume da safra recorde no Estado registrado na temporada 2019/20. Nesta safra, o rendimento industrial na produção de etanol em Mato Grosso atingiu 100 litros/tonelada, o maior desde o início da série histórica.

Da safra 2023/24, 12,08 milhões foram destinados a produção de etanol e 5,57 milhões tiveram como destino a produção de açúcar. A produção de açúcar atingiu o recorde de 537,7 mil toneladas, volume 7% superior à safra anterior.

Dentre os motivos para esse movimento, está a menor oferta de açúcar no mercado internacional, limitado em função da quebra de safra da cana em países asiáticos, como Índia e Tailândia, o que estimulou os preços no mercado mundial e a demanda pelo produto produzido no Brasil. Este cenário fez as exportações de açúcar matogrossense registrarem o maior volume desde 2009, segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex).

Para ser verde é preciso agir

 Na história do mundo, as grandes transformações são resultado de mudanças em diferentes níveis e amplitudes. Envolvem decisões de governo, aperfeiçoamentos legislativos, engajamento do setor privado e, principalmente, envolvimento da sociedade. É assim com o enfrentamento das mudanças climáticas. Poucas vezes na trajetória da humanidade um tema passou a mobilizar a atenção de tantas nações do planeta à medida em que os efeitos do clima se tornam palpáveis na vida das pessoas.

Nessa questão, que envolve transformações transversais no modo de produção global, o Brasil está melhor posicionado que muitos países desenvolvidos. Somos uma superpotência verde: segundo maior produtor mundial de etanol e com 79% de participação de fontes renováveis na sua matriz elétrica, contra menos de 20% nas nações mais ricas.

Boa parte dessa posição não é resultado apenas das riquezas naturais do país. Veio, principalmente, de iniciativas públicas e privadas para o correto aproveitamento das aptidões nacionais em direção a fontes limpas. É o que ocorre desde os anos 1970 e continua ainda hoje com a campanha #Vai de Etanol, lançada recentemente pela Única (União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia), além de ações de estados, como o de Minas Gerais, e de empresas e instituições públicas, como Correios e o STF (Supremo Tribunal Federal), de adotar o etanol como combustível preferencial no abastecimento de veículos flex. São políticas que transpõem do papel para as ruas a questão climática.

O etanol é reconhecidamente um dos protagonistas da transição energética no Brasil e no mundo. Sua cadeia produtiva é, notadamente, um dos exemplos mais bem acabados de economia circular.

Da cana-de-açúcar e do milho, que são matéria-prima para o biocombustível, também é possível produzir fertilizante, proteína vegetal para alimentação animal e levedura; e gerar créditos de carbono para o setor de combustíveis líquidos, por meio do programa RenovaBio. Além disso, essa indústria entrega energia elétrica (cogeração, biogás) e biometano, um substituto renovável do gás natural.

Mato Grosso é parte importante dessa mudança. É hoje o maior produtor de etanol de milho, deve finalizar a safra 23/24 como segundo maior de etanol (milho e cana) do Brasil e pode sediar, no médio prazo, a primeira indústria de etanol carbono negativo do mundo, por meio da tecnologia de BECCS (bioenergia com captura e armazenamento de carbono).

O protagonismo do etanol pode ser ainda maior. Está em tramitação no Congresso o projeto de lei que cria o programa Combustível do Futuro. A proposta prevê aumento para até 30% da mistura de etanol na gasolina, além de estabelecer marcos regulatórios para o Combustível Sustentável de Aviação (QAV, na sigla em inglês) e para o diesel verde.

Essa mudança precisa ganhar maior tração nas ruas, no consumo de combustíveis veiculares. Há algum tempo que a sociedade tem mudado seus hábitos de compra para atender necessidades urgentes do mundo, como o cuidado com o meio ambiente. E há algum tempo que mitos sobre o uso de etanol caíram por terra. O etanol é bom para o motor do carro, impede formação de depósitos de sujeira; tem um preço competitivo em relação à gasolina; além de reduzir as emissões de CO2 em até 90%. Reúne benefícios para você e para o planeta.

Entre 2003, ano do lançamento dos carros flex, e março de 2022, o uso de etanol evitou que mais de 630 milhões de toneladas de CO2 fossem lançadas na atmosfera. Para efeito semelhante na natureza seria necessário cultivar 4,5 bilhões de árvores pelos próximos 20 anos. É um benefício e tanto. Cada vez que você abastece com biocombustíveis, a qualidade do ar melhora. É como se estivesse ‘plantando’ árvores.

Hoje, o etanol é uma das rotas tecnológicas mais promissoras para a construção de uma nova era da mobilidade sustentável. E o consumidor tem papel fundamental nessa transformação global, que passa pela escolha do combustível para abastecer o seu carro. Construir um novo futuro, mais sustentável, é um processo coletivo, erguido passo a passo. Tanque a tanque.

O texto foi publicado originalmente no seguinte endereço:

https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/03/6811033-para-ser-verde-e-preciso-agir.html.

Imagem: freepik