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Há 100 anos começava a relação do Brasil com os biocombustíveis, que começou as primeiras experiências com o etanol em 1925. De lá para cá houve a criação do Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA no governo Getúlio Vargas e a criação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) em 1975.
Atualmente, é quase impossível encontrar automóveis de passeio que não sejam flex, ou seja, que aceitem tanto gasolina, que já é misturada com etanol, ou somente com etanol.
A grande diferença é que nunca o mundo buscou tanto por soluções sustentáveis para geração de energia e os biocombustíveis estão entre as melhores escolhas.
O etanol, feito a partir da cana-de-açúcar ou do milho, é o mais conhecido e um dos mais produzidos. O Brasil, junto com os Estados Unidos, é o responsável por 70% da produção mundial e é o país número um em exportação. Sendo o Brasil o que mais produz etanol de cana-de-açúcar, enquanto os Estados Unidos lideram na produção através do milho.
A alta na tendência por fontes de combustíveis renováveis, faz com que a demanda de etanol também cresça no mercado externo. Ecologicamente correto, o etanol de cana-de-açúcar é visto como o combustível alternativo de maior sucesso até o momento.
A utilização do etanol como combustível sustentável impacta diretamente de forma positiva a redução da emissão de gases de efeito estufa dos veículos automotores em circulação. Em comparação com a gasolina, por exemplo, o percentual de redução pode chegar a 61%.
Por esse motivo, uma vez que a nossa produção interna é alta, o Brasil se consagra como modelo para outras nações no mundo quando o assunto é economia sustentável com base em biocombustíveis.
Dentro do país, Mato Grosso ocupa a sexta posição entre os estados que mais produzem. A safra 20/21 fechou com uma produção estimada em 3,5 bilhões de litros, volume que representa quase 3 vezes acima do que é consumido no estado.
As principais diferenças entre o etanol a partir da cana-de-açúcar e do milho, são o tempo de fermentação e a quantidade produzida. No processo feito com a cana, em até 11 horas de fermentação o melaço se transforma em etanol. O milho tem um processo mais lento e pode demorar até 70 horas.
Apesar disso, uma tonelada de milho é capaz de produzir 407 litros de etanol, contra apenas 89,5 litros de etanol a partir da cana, que ainda sim tem mais produtividade.
No processo de produção de etanol, a cana produz subprodutos como o bagaço, vinhaça e a torta de filtro, que é rica em micronutrientes e muito usada na agricultura. Já com o milho, há a subprodução do DDG (sigla em inglês para grão seco de destilaria) que há mais de um século é utilizado na alimentação de gado nos Estados Unidos e recentemente introduzido como fonte de alimentação também na pecuária brasileira.
Produção média de litros de etanol por safra em Mato Grosso